O que é a campanha Tirem as Mãos da Venezuela?

A campanha de solidariedade internacional Hands Off Venezuela (HOV) nasceu em dezembro de 2002. O fracasso do golpe de estado de abril do mesmo ano – graças à heróica participação do povo venezuelano – obrigou a oposição reacionária a pôr em prática outro plano para derrotar o governo de Hugo Chávez e pôr fim à revolução bolivariana: em 3 de dezembro de 2002, a oposição e os empresários fizeram um chamado de “greve nacional por tempo indeterminado”, ou seja, um paro patronal e sabotagem com o intuito de parar o país. Tudo isto foi acompanhado de uma campanha de mentiras dos meios de comunicação venezuelanos e internacionais. A idéia era difundir que na Venezuela havia um “regime autoritário”, cada vez mais “impopular” e que estava sendo rechaçado por uma oposição “democrática” mediante uma “greve geral”.

Naquele momento Alan Woods, em nome da Corrente Marxista Internacional, lançou um chamado de solidariedade em defesa da revolução bolivariana, contra a ingerência do imperialismo estadounidense e contra o novo golpe que estava sendo deferido. O objetivo proposto era o de assegurar que chegasse ao movimento operário de todo mundo uma informação veraz do que estava acontecendo na Venezuela. O chamado foi acatado imediatamente por um número importante de líderes sindicais na Grã-Bretanha e a campanha se estendeu rapidamente a outros países da Europa, América Latina, Ásia e África e também nos EUA.

No Brasil a campanha “Tirem as Mãos da Venezuela” foi lançada pela Esquerda Marxista do PT no ato em São Paulo contra a vinda de bush ao Brasil, e já conta com o apoio de diversos sindicalistas, líderes de movimentos sociais e dirigentes partidários de todo país.

O trabalho realizado pela campanha HOV foi reconhecido pelo próprio presidente Chávez. Um dos eventos recentes mais importante de solidariedade com a revolução bolivariana foi o ato organizado em Viena pelos companheiros de HOV da Áustria, que contou com a intervenção do próprio Hugo Chávez.

A revolução venezuelana é o epicentro de uma maré revolucionária que se alastra por toda América Latina, tornando-se o melhor ponto de apoio da revolução cubana para preservar e ampliar suas conquistas sociais e fazer frente às agressões imperialistas e o perigo da contra-revolução capitalista na ilha.

Pela mesma razão as pressões, as manobras e as ações do imperialismo contra a revolução bolivariana se intensificarão no próximo período. A nacionalização do gás na Bolívia e a fraude nas eleições presidenciais no México provocaram outra onda de mentiras por parte das televisões e jornais, com o intuito de confundir os trabalhadores e jovens de todos os países. É perfeitamente previsível que à medida que a revolução se aprofundar se intensificará ainda mais a campanha de intoxicação contra a revolução bolivariana.

O imperialismo e a oligarquia venezuelana não podem tolerar a existência de uma revolução, cuja extensão e “contágio” é evidente em toda América Latina. Uma revolução que põe em questão seu domínio e seu sistema, o capitalismo. O povo venezuelano conseguiu avanços notáveis em educação, saúde e direitos sociais nos últimos anos, mas acima de tudo, a grande conquista do povo venezuelano é ter tomado em suas mãos o seu próprio destino, lutar para organizar seu próprio futuro. Essa é a fonte principal do ódio visceral dos poderosos em relação à revolução bolivariana.

O próprio Chávez defende constantemente a necessidade do socialismo. “Golpe em 2002, paro patronal, sabotagem petroleira, contragolpe, discussões e leituras (...) cheguei à conclusão que o único caminho para sair da pobreza é o socialismo” disse Chávez em uma entrevista. Em uma recente intervenção no parlamento britânico voltou a enfatizar a idéia de que não existe terceira via entre o capitalismo e o socialismo. O debate sobre o socialismo se estendeu por todo o movimento revolucionário no país.

A mais poderosa aliada da revolução venezuelana é a solidariedade internacional e a extensão da revolução a outros países. A solidariedade que defendemos não é a “solidariedade” que se assemelha à hipócrita caridade que os grandes meios de comunicação difundem mundo afora. Nós defendemos a solidariedade consciente, política e ativa da classe trabalhadora de todo mundo. A vitória da revolução na Venezuela também será a vitória da classe trabalhadora internacional.

Sua luta é nossa luta.


Cronologia da Revolução Bolivariana

Fevereiro de 1989 – Caracazo: dezenas de milhares de venezuelanos pobres saem às ruas por conta própria para protestar contra um pacote antiinflacionário imposto pelo FMI e aplicado pelo então presidente Carlos Andrés Pérez. Não há cifras oficiais, mas acredita-se que mais de 2.000 pessoas morreram na repressão.

Fevereiro 1992 – O tenente coronel Hugo Chávez Frias, junto com outros oficiais progressistas organizados no MBR-200 (Movimento Bolivariano Revolucionário 200), fez parte do fracassado levante militar contra Carlos Andrés Pérez. Chávez é preso. Libertado em 1994.

Dezembro 1998 – Chávez é eleito presidente com um programa eleitoral que prometia justiça social para acabar com a pobreza e a corrupção.

Abril 1999 – Referendo para estabelecer uma Assembléia Constituinte. Os candidatos chavistas ganharam 90% das cadeiras.

Dezembro 1999 – É aprovado em um referendo a Constituição da República Bolivariana da Venezuela, com mais de 70% de apoio.

Julho 2000 – Hugo Chávez ganha um mandato presidencial de seis anos com 59% dos votos.

Dezembro 2001 – É aprovada a Lei Habilitante, um conjunto de 49 leis que reafirma o caráter público do petróleo, o direito à educação e a saúde gratuitos para todos os venezuelanos, entre outras medidas de caráter progressista.

9 de abril de 2002 – CTV e Fedecámaras chamam uma “greve” para apoiar os executivos da PDVSA que haviam sido despedidos por protestar contra os controles que o governo queria implantar.

11 de abril de 2002 – Golpe de Estado. Um grupo de oficiais golpistas prende Hugo Chávez e anunciam que ele havia renunciado.

12 de abril de 2002 – Pedro Carmona Estanga se autoproclama presidente da Venezuela e elimina todas as garantias democráticas.

13 de abril de 2002 – Hugo Chávez volta à presidência, enquanto Carmona renuncia e foge como resultado de gigantescos protestos em todo país. Dezenas de simpatizantes de Chávez foram assassinados na repressão que se deu nestas 48 horas de governo Carmona.

Dezembro 2002/Janeiro 2003 – A oposição venezuelana organiza um paro patronal em todo país para forçar um referendo revogatório sobre Hugo Chávez. O nível de organização dos trabalhadores e do povo contra esse ataque cresce e lança por terra os planos da reação.

Março 2004 – Vários mortos e feridos em distúrbios provocados pela oposição para protestar contra a negativa da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) de aceitar assinaturas duvidosas. Estes distúrbios ficaram conhecidos como a “guarimba”.

Junho 2004 – A CNE cede e diz que os opositores conseguiram assinaturas suficientes para realizar o referendo revogatório sobre o presidente. São criadas as Unidades de Batalha Eleitoral, as Patrulhas Eleitorais e o Comando Maisanta dentro da Missão Florentino para envolver a população na derrota do referendo revogatório. Um milhão e meio de pessoas se envolvem na campanha para derrotar o referendo.

15 de agosto de 2004 – Chávez ganha o referendo revogatório: com índices de participação históricos, 58,25% dos eleitores dizem NO à proposta da oposição de revogar o presidente.

Outubro 2004 – Candidatos bolivarianos ganham as eleições federais e locais.

Janeiro 2005 – Chávez anuncia no Foro Social Mundial de Porto Alegre a necessidade de transcender o capitalismo e construir o socialismo. O próprio Chávez reafirma sua convicção no socialismo em vários fóruns na Venezuela e em outros países. Pouco depois anuncia a expropriação da Venepal (empresa de papel) sob a forma de “co-gestão” entre o Estado e a força operária.

Agosto 2005 – Cerca de 20.000 jovens internacionalistas se dirigem a Caracas para participar do Festival Mundial da Juventude e Estudantes.

Fevereiro 2006 – É organizada a Frente Revolucionária de Trabalhadores de Empresas em Co-gestão e Ocupadas (FRETECO) para reforçar e coordenar a luta das empresas tomadas pelos trabalhadores e nacionalizadas pelo governo. É a luta pelo controle operário, um pilar fundamental na luta pelo socialismo.

Dezembro 2006 – Chávez é reeleito presidente com 62% dos votos e gigantescas manifestações de apoio ao governo. Também é lançado o Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV).

Maio 2007 – Não é renovada a concessão da RCTV, rede de televisão que participou do golpe de abril de 2002 confundindo a população e omitindo as manifestações da população, além disso, conspirava constantemente contra o governo eleito democraticamente.


Principais conquistas da Revolução

Alguns avanços sociais alcançados pela revolução:

Educação

Desde 1º de julho de 2003, graças à MISSÃO ROBINSON, foram alfabetizados 1.500.000 adultos, sendo então declarada, no dia 28 de outubro de 2005, a Venezuela como “Território Livre de Analfabetismo” pela UNESCO, passando a ser o segundo país latino-americano, depois de Cuba, sem analfabetos. A isto devem ser acrescentados os programas para ampliar o acesso ao Bacharelado (Missão Ribas) e a universidade (Missão Sucre), a completa gratuidade da matrícula em todos os níveis educativos, a dignidade dos centros de estudos (Liceus Bolivarianos) e o aumento de cerca de 40% do salário dos professores em 2006.

Saúde

Criação, em colaboração com Cuba, de um sistema de saúde preventiva para a população de baixa renda, levando saúde a todos os recantos do país com a MISSÂO BAIRRO ADENTRO. Com 200 milhões de consultas realizadas até o ano de 2006 totalmente gratuitas e a entrega de medicamentos. Ao que se deve acrescentar os planos para a criação de mais de mil Centros de Diagnósticos Integrais e Salas de Reabilitação destinados a melhorar e levar saúde a todos e a cada um dos venezuelanos.

Alimentação

A MISSÂO MERCAL (mercados de alimentação) com mais de 15.000 estabelecimentos em toda Venezuela, garante a 11 milhões de venezuelanos o acesso à alimentação com um desconto de 39% em relação às cadeias comerciais. Além disso, 6.075 casas de alimentação atendem cerca de um milhão de pessoas diariamente e a 690.000 famílias por mês.

Emprego

Desde o início do Governo Bolivariano o salário mínimo subiu mais de 400%, além de receberem um adicional para compra de cestas de alimentação com um ticket de cerca de 275 Reais. Apesar da taxa de desemprego ter chegado a 23% em 2003, conseqüência do paro patronal e da sabotagem petroleira, hoje, no ano de 2007, a taxa se encontra abaixo de 10%.

Alan Woods analisa a situação na Venezuela


Entrevista da Revista Humania del Sur, publicada pela Universidade de Los Andes em Mérida, cidade da Venezuela a Alan Woods, fundador da campanha internacional em defesa da revolução venezuelana Hands Off Venezuela e editor da revista britânica Socialist Appeal


Humania del Sur (HdS) - John Riddel na crítica ao seu livro The Venezuelan Revolution, a Marxist perspective, interroga-se se um pequeno grupo marxista como aquele que lidera, poderá influenciar o curso dos acontecimentos na cena internacional, mas que pelo menos tem o mérito de fazer parte do caminho da Revolução Bolivariana. Como é possível? Como o conseguiu? Contactaram-no a si? Diga-nos como foi o seu primeiro encontro com Hugo Chavez e como se tem desenvolvido a relação entre o governo bolivariano, os sectores que o apoiam e a Hands Off Venezuela. Acredita, mesmo, que pode influenciar os acontecimentos na Venezuela de alguma maneira?

Alan Woods (AW) - A História demonstra como um pequeno grupo com ideias claras pode desempenhar um papel decisivo em certas circunstâncias históricas, enquanto grandes organizações de massas, com ideias incorrectas, podem, em dado momento, ser transformadas em rotundas nulidades. Basta recordar, por um lado, o Partido Bolchevique que, no princípio de 1917 constituía uma pequena minoria na Rússia e, por outro lado, o colapso dos partidos social-democrata e comunista na Alemanha em 1933.

É verdade que somos um pequeno grupo na Venezuela, mas somos fortes nas ideias e, em última instância, essa é a única garantia de sucesso. Devo acrescentar que, foi precisamente a força das nossas ideias que me conduziram ao meu primeiro encontro com o Presidente Chavez, pois este tinha lido o meu livro Reason and Revolt, que muito apreciou e cuja leitura tem, muito gentilmente, recomendado numa série de ocasiões.

Quanto à influência que possamos ter na Venezuela, isso depende, não apenas do trabalho dos marxistas venezuelanos, mas também da experiência das massas. Por geral, as massas não aprendem dos livros teóricos, mas da experiência prática. E numa revolução, as massas aprendem mais numa semana do que numa década de vida normal. Lenine costumava dizer que, para as massas, uma grama de prática valia por uma tonelada de teoria – e ele era um grande teórico…

As massas já apre deram muito nesta década de revolução. Sabem distinguir os seus verdadeiros amigos e aliados dos seus inimigos (mesmo quando usam uma camisa vermelha…). Poderíamos colocar a questão deste modo: ainda que as massas venezuelanas não saibam exactamente o que querem, sabem perfeitamente o que não desejam. O desenvolvimento da consciência continua: a influência dos reformistas declina e a ala mais revolucionária, conjuntamente com a corrente dos marxistas venezuelanos que tenho a honra de representar, está a crescer

HdS – Você já expressou publicamente a sua admiração pelo Presidente Chavez. Todavia, considera que a Revolução bolivariana está “incompleta”. Que quer dizer com isso?

AW – a Revolução Bolivariana é uma revolução no sentido em que Trotsky o explicou em a História da Revolução Russa, isto é, uma situação em que as massas participam activamente na vida política e tentam tomar o seu destino nas suas próprias mãos, transformando a sociedade desde abaixo. Porém, a Revolução Bolivarina está “inacabada” porque ainda não expropriou totalmente a oligarquia do país e o velho aparato estatal encontra-se, mais ou menos, intacto. Na medida em que esta situação perdure, não podemos dizer que a revolução seja irreversível.

HdS – Trotsky certa vez disse que “a verdade e não a mentira é a força motora da História. Na sua opinião, quais são as verdades e mentiras da Revolução Bolivariana? Estamos na presença duma genuína transformação da sociedade venezuelana em direcção ao socialismo do século XXI, ou tudo não passa duma decepção, duma ilusão que terminará na consolidação política e económica duma nova elite que nada tem em comum com a revolução e o socialismo?

AW – A grande verdade é que numa revolução – também na Bolivariana – uma classe terá de ganhar no fim e outra perder e, ao longo da História, nenhuma classe dominante abdicou sem uma luta amarga. A grande mentira consiste nas ocas e vangloriosas declarações segundo as quais a Revolução Bolivaria é “irreversível” e outras tiradas idiotas e irresponsáveis que apenas tentam iludir o povo e embalá-lo em torpor e inacção ao invés de o despertar para a luta contra as ameaças contra-revolucionárias.

Quanto à pseudo-teoria do “socialismo do século XXI”, penso que é uma tentativa de distorcer as ideias do Presidente Chavez e de descarrilar o processo em direcção a linhas reformistas. Pessoas como Heinz Dieterich [autor da teoria comentada] estão por todos os meios tentando arrefecer os ânimos deitando água fria sobre a caldeira da revolução. Opõem-se às nacionalizações, pregam a reconciliação entre as classes, isto é, estão a tentar ensinar o tigre a ser vegetariano! E o mais incrível é que chamam a isto realismo! Eu estou, precisamente, a escrever um livro sobre as ideias de Dieterich e dos seus amigos reformistas, no qual espero poder marcar as diferenças entre o Marxismo – a teoria verdadeiramente revolucionária – e estas paródias que caricaturaram o socialismo.

HdS – Que outras críticas faria à Revolução Bolivariana, para lá do facto de a considerar incompleta?

AW – Há um tempo atrás, Hugo Chavez perguntou-me a mesma questão. Eu respondi da seguinte maneira: a vossa revolução é uma fonte de inspiração para milhões. Esse é o aspecto mais importante. Porém, tem alguns pontos fracos, por exemplo, a ausência dum claro e definido programa político e a inexistência de quadros politicamente educados, por outras palavras, a ausência dum partido revolucionário.

É verdade que, posteriormente, houve algumas tentativas de remediar estas falhas. Por exemplo, o Presidente proclamou o carácter socialista da Revolução – algo que postulamos desde o início. Mas esta ideia está a conhecer uma teimosa resistência por parte dos círculos reformistas. A batalha não está ainda ganha.

HdS – que lhe parecem as críticas da oposição Venezuelana ao Presidente Hugo Chavez pelas suas demonstrações autoritárias e de que a sua condição de militar não favorecem as regras democráticas? Por exemplo, qual é a sua opinião sobre a sua manifestada vontade de permanecer por tempo ilimitado no poder e os seus comentários sobre “a pacífica, mas não desarmada” revolução? Serão socialismo e democracia incompatíveis?

AW – E porque seriam? O socialismo ou é democrático ou não é nada! Claro que, quando falo de democracia, não me estou a referir à vulgar caricatura da democracia burguesa – que apenas é outro nome para a ditadura do Capital! Que “democracia” existe nos Estados Unidos onde, supostamente existem dois partidos que (como Gore Vidal explica muito bem) mais não são, na realidade, do que um único partido representando diversas secções da burguesia? Para se ser Presidente dos Estados Unidos, tem de se ser um milionário… Que tipo de “democracia” é essa?

Os protestos da oposição Venezuelana são pura hipocrisia. Perderam as eleições e os referendos, um após outro. Perderam novamente em Dezembro quando Chavez obteve a maior vitória eleitoral na história da Venezuela. E nem sequer podem dizer que houve fraude. Essas eleições foram as mais escrutinadas na história, não apenas da Venezuela, mas de todo o mundo! Os oposicionistas e os “observadores”internacionais andaram por toda a Caracas e por todo o país com uma lupa à procura da mais pequena evidência de fraude eleitoral. Se tivessem encontrado uma agulha que fosse no palheiro teriam gritado “fraude” aos 4 ventos. Mas não encontraram nada!

Essas eleições proporcionaram um claro mandato ao governo Bolivariano: um mandato para que concretizem uma mudança fundamental na sociedade. Isso é o que as massas estão a pedir. Hugo Chavez tem de cumprir os desejos e aspirações daqueles que votaram nele – os trabalhadores, os camponeses, os pobres e a juventude – e ignorar totalmente os clamores choramingas da oposição contra-revolucionária que mais não é do que a porta-voz da corrupta e reaccionária oligarquia e dos seus amos em Washington. Devemos tomar medidas drásticas e urgentes. É a altura chegada de expropriar a oligarquia!

HdS – Sobre a questão dos media e da informação na Venezuela, desde que Hugo Chavez assumiu a Presidência da República em Dezembro de 1998, que o governo tem reduzido a liberdade imprensa, enquanto fortalece o sector dos Média que são propriedade do Estado e que estão dedicados à transi missão de programas com um carácter ideológicos. Não será isso contrário aos “direitos humanos”? O socialismo opõe-se aos direitos?

AW – Por favor! Como podemos falar da liberdade de imprensa, quando os meios de comunicação estão nas mãos duma mão-cheia de milionários com Rupert Murdoch? A chamada “livre imprensa” nos Estados Unidos e na Inglaterra é uma piada de muito mau gosto!

Claro que o socialismo respeita os direitos humanos. Mas vamos começar por defender os direitos da esmagadora maioria da população que, até aqui, nunca teve uma verdadeira voz ou o direito a expressar as suas opiniões! O que deveríamos fazer era nacionalizar os jornais, as rádios e as televisões, mas não deixar estes meios nas mãos do Estado (nós não queremos um Estado totalitário como na ex-URSS), mas geridos pelos próprios trabalhadores e garantir o livre acesso aos Média a qualquer partido, sindicato ou organização social, de acordo com o número de membros, influência, percentagem de votos, etc. Desse modo, o PSUV teria acesso a vários jornais e estações de televisão, enquanto os proprietários da RCTV [o canal golpista cuja licença de transmissão não foi renovada] teriam, pelo pouco que representam na sociedade, a garantia dum pequeno jornal de paróquia.

HdS - Que pensa, precisamente, sobre o caso da RCTV que, após mais de 50 anos de transmissão, viu a sua licença não ser renovada?

AW – No que à RCTV diz respeito, toda a gente sabe que era uma estação de televisão golpista e contra-revolucionária. Se tivesse de criticar o Presidente seria para dizer que ele deveria ter actuado muito mais cedo contra aquele ninho de vespas! E não apenas os deveria ter encerrado, mas também prendido e posto os seus proprietários e directores no banco dos réus para serem julgados.

Mas de novo, a campanha orquestrada sobre esta matéria é pura hipocrisia. Posso assegurar-vos que, se um canal britânico tivesse atacado Tony Blair da mesma maneira que a RCTV atacou Chavez, defendendo – e organizando! – um golpe de Estado e até o assassinato do Presidente, os seus responsáveis estariam na cadeia num “abrir e fechar de olhos”. O problema aqui não foi termos ido longe demais – como afirma Heinz Dieterich e outros como ele -, mas termos andado a ser demasiado brandos. Por exemplo, quantos dos conspiradores do golpe de Abril de 2002 estão atrás das grades? Tanto quanto sei, nem um. E esse não teria sido esse o caso nos Estados Unidos, posso garantir-vos!

HdS – Muitos Chavistas encontram-se cépticos sobre o apelo do presidente para formar o PSUV, porque têm medo que isso possa ser uma tentativa de controlar e silenciar a dissidência interna. Que pensa acerca disto? Será o partido unido um instrumento capaz de promover “a revolução dentro da revolução” como parece ser aquilo que apoia?

AW – Por um lado, é evidente que a classe trabalhadora necessita dum partido político e que os antigos partidos vindos da IVª República eram realmente muito maus, totalmente nas mãos dos burocratas e reformistas. Por isso, parece que a proclamação do PSUV pode vir a ser um importante passo, mas somente na condição de que seja um partido genuinamente revolucionário, isto é, um partido simultaneamente democrático e classista, controlado por uma base de trabalhadores e não apenas outro aparato para os carreiristas e oportunistas. Aqui também, a presença duma importante tendência marxista é absolutamente necessária.

HdS – O seu livro sobre a Venezuela tem sido traduzido em várias línguas, incluindo o Urdu. Isso contribuiu para que Chavez e a Revolução Bolivariana se tornassem conhecidos em muitos países como a Índia ou o Paquistão. Realmente pensa que o que está sucedendo na Venezuela é um exemplo para o mundo? Se sim, porquê?

É verdade que o meu livro tem sido um sucesso porque preencheu um vacuum. Infelizmente, uma grande parte da esquerda, internacionalmente, não apreendeu o significado da Revolução Bolivariana, apesar da situação estar a mudar rapidamente e as pessoas começarem a descobrir o que se está a passar na Venezuela… em tudo isto, um importante papel foi desempenhado e continua sê-lo pela nossa campanha Hands Off Venezuela.

Porque é que a Revolução Venezuelana é tão importante para o resto do mundo? Bom, em primeiro lugar, porque nada disto deveria estar a acontecer! Após a queda da URSS, a burguesia tornou-se eufórica. Falaram no fim do socialismo, no fim do comunismo, da revolução, até do fim da história! Agora a Venezuela terminou com todas essas quimeras. A Revolução Bolivariana é como um eco das famosas palavras de Galileo: “Eppur si muove!” (e t no entanto, move-se!)

No último período, o capitalismo demonstrou que era incapaz de satisfazer as mais básicas necessidades das massas. Por toda a parte observamos mais fome, mais desastres, mais miséria, mais guerra… Mas também há uma crescente reacção dos povos. A física clássica afirma: toda a acção produz uma igual e oposta reacção. Isso também é verdadeiro na política. As massas crescentemente estão questionando o sistema capitalista – até nos Estados Unidos. E a Venezuela oferece um ponto de referência a todos esses movimentos. É por isso que os imperialistas estão determinados em destruir a Revolução Bolivariana por todos os meios e custos: porque representa um exemplo para milhões de seres humanos explorados e oprimidos na América e para lá dela.

Na Venezuela há um confronto de classes que se tem agudizado ferozmente. Continuamos sem saber como vai terminar, mas sabemos isto: sabemos em que barricada devemos estar, lado a lado com os trabalhadores e camponeses contra os burgueses, os banqueiros e os latifundiários! Ombro com ombro com a juventude revolucionária e com a vanguarda que quer levar a revolução adiante, lançando duros golpes nas forças contra-revolucionárias, na timidez reformista e na covardia e traição dos burocratas!

Se alguém tem algum tipo de dúvida sobre se deveríamos – ou não – defender a Revolução Bolivariana, basta apenas observar a atitude do imperialismo americano que não oculta os seus planos para derrubar Chavez e no apoio e financiamento que faz à oposição. Este detalhe é suficiente para convencer qualquer um da necessidade de nos juntarmos em defesa da revolução. Mas de modo a que a possamos defender seria e eficazmente, torna-se absolutamente necessário ir adiante, liquidando o poder económico da oligarquia. Não basta falar de socialismo: é necessário torná-lo em realidade! E isto só sucederá quando a classe trabalhadora tomar o podes em suas mãos.

Assim que isso suceda, a Revolução Bolivariana perderá o seu carácter ambíguo e indeciso, adquirindo uma força irresistível, passando para lá das estreitas fronteiras nacionais e transformando-se rapidamente numa revolução continental. As condições estão mais do que preparadas para isso! Hoje não há um único regime burguês estável em toda a América Latina desde a Terra do Fogo até ao Rio Grande. A grande visão do Libertador Simon Bolívar, sobre a unificação revolucionária da América Latina seria possível pela primeira vez, mas apenas será possível numa Federação Socialista da América Latina, primeiro passo em direcção ao socialismo mundial.

Sectários Incorrigíveis



O PSTU é um pequeno partido brasileiro que faz parte duma Internacional dita "trotskista". Caracterizam-se (o PSTU e as demais secções) por um extremo, por vezes virulento sectarismo. Lá no PSTU não gostam nada, mas mesmo nada do Hugo Chavez.


Quando falam ou escrevem sobre a Venezuela, nunca apontam baterias contra a oligarquia e o imperialismo. Não, para os “moronistas” do PSTU, o "inimigo" é o Hugo Chavez.


Que na Venezuela os trabalhadores tenham hoje os salários mais elevados da América Latina, que se tenha proporcionado educação, saúde, saneamento e dignidade a todo um povo, que os avanços sociais da Revolução sejam evidentes, tudo isso é coisa pouca, ou mesmo nenhuma para o PSTU e os "moronistas" em geral.


Pois bem, o PSTU e os "moronistas" em geral não perdem oportunidade para malhar no "chavismo" e quando as teorias não encaixam nos factos... bom, encaixam os factos na teoria! Confusos? Passamos a explicar.


Há uma fábrica na Venezuela chamada Sanitarios Maracay. Pela sabotagem e abandono da empresa pelo antigo patrão, essa fábrica está em autogestão desde Novembro de 2006 e os seus trabalhadores exigem a sua nacionalização.


Há algumas semanas atrás, os trabalhadores da Sanitários Maracay em conjunto com outros camaradas da FRETECO (Frente Revolucionária de Empresas em Cogestão e Ocupadas) marcaram uma jornada de luta em Carácas.


Escrevem sobre isso o PSTU e os “moronistas” em geral:


"No início do mês de maio, já cansados de diversas tentativas de diálogo com o governo de Hugo Chávez, os trabalhadores organizaram uma caravana com 10 ônibus à capital do país, Caracas"



Até poderia ser mas, logo por "azar" tanto no processo de luta na Sanitários Maracay como na constituição da FRETECO, os militantes venezuelanos da Corrente Marxista Internacional têm jogado um papel chave. E, ao contrário do PSTU dos "moronistas" em geral, a avaliação que fazemos de Chavez não é a de que ele seja "um burguês".


Ao contrário do que a meia-dúzia (serão assim tantos?) de moronistas venezuelanos, os militantes da CMI na Venezuela não se põem a ladrar à beira da estrada: estão onde os trabalhadores se encontram, seja na Sanitarios Maracay, na FRETECO, na UNT ou na constituição do PSUV.


E, decididamente, não estão contra Chavez, antes o apoiam criticamente, isto é, mantendo uma independência de classe que nos permite apoiar todas as medidas positivas do governo bolivariano, defendê-lo dos ataques da oligarquia e do imperialismo, ao mesmo tempo que fazemos propaganda e agitação das tarefas que estão por cumprir na Revolução, das ideias do marxismo revolucionário, enfim.


Logo por "azar", o PSTU, a Ruptura/FER e os "moronistas" em geral foram buscar um péssimo exemplo para tentar encaixar os factos concretos da vida na sua bem pouco consistente teoria...


Mas como não se dão por vencidos, cristalizados como se encontram nos seus próprios preconceitos, na mesma prosa distorcida, acrescentam mentido descaradamente:


"Ao passar pelo primeiro pedágio foram violentamente reprimidos pela Guarda Nacional, controlada pelo governo central"


Na realidade, essa repressão de que falam (mas não sentiram na pele...) foi ordenada não pelo "papão" do Hugo Chavez, mas pelo governado do Estado de Arágua que o próprio Chavez já tinha denunciado como um contra-revolucionário.


Quem levou a "porrada" conta assim a históriahttp://freteco.elmilitante.org/content/view/107/32/


Porém, para o PSTU, e "moronistas" em geral nada disto conta. O que conta é a denúncia! A denúncia de Chavez, não a denúncia da burguesia Venezuelana...


Para o PSTU, a Ruptura/FER e para os "moronistas" em geral, as ideias do marxismo baseiam-se na repetição mecânica dum abc de cartilha mal amanhada. Todavia, depois do abc, existem muitas mais letras.


A Venezuela é uma sociedade capitalista, na medida em que o sistema económico da mal chamada "livre empresa" ainda não foi abolido, na medida em que a burguesia ainda não foi expropriada. Por conseguinte, se o sistema é capitalista, logo, o Estado tem de ser burguês. Mas é aqui que, infelizmente para o PSTU, Ruptura FER e "moronistas" em geral termina o abc.


Já o velho Engels explicou na Origem da família, da propriedade privada e do Estado, que, em certos períodos, quando a classe dominante não é capaz de continuar a governar com os velhos métodos, mas a classe operária, paralisada pelas suas direcções, ainda não está em condições de derrubá-la, a tendência do Estado de separar-se da sociedade e adquirir cada vez mais independência, agudiza-se.


Dá-se um fenómeno que temos visto muitas vezes ao longo da história: o "cesarismo" no período de decadência da República romana, o regime da monarquia absoluta na última etapa do feudalismo e o "bonapartismo" na época contemporânea.


Em todas estas variantes, o Estado - o "executivo"- eleva-se acima da sociedade, emancipando-se de todo o tipo de controle, inclusive da classe dominante.


Com efeito, apesar de burguês, o Estado em boa medida já não é controlado pela burguesia. Quem pode afirmar que a burguesia venezuelana controla Chavez? Colocar a pergunta é respondê-la!


No início, em 1998, Chavez tinha um projecto de reformas limitadas, mas mesmo esse programa mínimo, num país semi-colonial como a Venezuela, entrou em profunda contradição com os interesses da oligarquia local e do imperialismo. Vendo que não podiam corromper ou intimidar Chavez tentaram derrubá-lo pela força (golpe de Estado de 2002, Lock-out patronal em 2003).


Falharam e falharam pela acção decisiva das massas proletárias e camponesas. A dinâmica dos acontecimentos, o "chicote" da contra-revolução, radicalizaram o processo: naturalmente também o próprio Chavez que se apoiou e se tem apoiado nas massas proletárias e camponesas para desferir golpe sobre golpe no lombo da oligarquia venezuelana e do imperialismo.


Os discursos e acções de Chavez radicalizam as massas e, por sua vez, ele é radicalizado pelas massas.


Chavez já foi tão longe, que a burguesia Venezuelana e o imperialismo jamais lhe perdoarão. Ele sabe isso, sabe que tem a cabeça a prémio e que esta estará numa bandeja se a revolução falhar.


Todavia, para o PSTU, Ruptura /FER e "mornonistas" em geral, o governo de Chavez é burguês! Só não se compreende é porque é que os burgueses esperneiam tanto com um governo que, para os "moronistas" em geral é o seu...


Outra coisa que não percebem é que o movimento "chavista" não é estanque, nem homogéneo. Muita gente que se diz "chavista" quer parar a revolução. Puseram uma boina vermelha mas são a mesma burocracia da IVª República. Em 1998 todos estavam com Chavez, mas agora, agora que o processo e o Chavez se radicalizaram, muitos sussurram contra ele. Existe toda uma burocracia "chavista" que é preciso derrotar.


E o próprio Chavez percebeu isso: daí ter apelado à criação dum Partido Socialista Unificado da Venezuela pela base e à margem dos Estados-maiores dos partidos que o apoiam desde 1998.


O governador do Estado de Arágua, que ordenou a repressão aos trabalhadores de Sanitários Maracay, é um dirigente do PODEMOS (partido social-democrata) que apoiou Chavez em 1998, mas que não vai aderir ao PSUV - tal como os "moronistas" da Venezuela. Esse governador é um dos tais burocratas e políticos de boina vermelha posta, mas que constituem uma verdadeira Vª coluna da burguesia no movimento bolivariano: quanto mais se sobre nas hierarquias e estruturas, mais burocratas reformistas se encontram, mas, inversamente, quanto mais se desce para junto das bases e do movimento popular, mais revolucionários genuínos, dispostos a servir o povo e a revolução se encontram.


É junto do movimento popular, dos trabalhadores reais, de carne e osso, "chavistas" dos quatro costados, que é preciso defender as ideias do marxismo, armá-los com a única teoria revolucionária que pode conduzi-los à vitória.


É isso que os marxistas do CMI já estão fazendo no PSUV. Este partido, em poucas semanas, foi capaz de atrair mais de 3 milhões de aderentes. Para os "moronistas" serão tudo burgueses? Não sabemos! Sobre isto não falam, pois por muito que tentassem encaixar os factos na sua teoria, teriam, necessariamente de reconhecer que na Venezuela, à margem do movimento real da classe trabalhadora, ladram muito enquanto a caravana vermelha passa.

YOUTUBE CENSURA A REVOLUÇÃO VENEZUELANA




Cai a máscara à "livre imprensa" da burguesia! Os mesmíssimos Tubarões dos Média que protestam pela não renovação da licença de transmissão do canal golpista RCTV (que, entre outras coisas... foi o centro de comunicações e planeamento do golpe de estado de 2002 contra Chavez), assumem o que entendem por "liberdade de imprensa": liberdade de omitir, desinformar, iludir e manipular a consciência das massas segundo os seus interesses.

A empresa americana Google (que gere o youtube) elimina contas e apaga vídeos sobre a Revolução Venezuelana.

Luigino Bracci, cujos vídeos feitos em 2006 e 2007 sobre o processo revolucionário em curso na Venezuela, tinham sido vistos por mais de milhão e meio de pessoas por todo o mundo, testemunha como a sua conta foi obliterada! Sem mais!

Ou melhor... com a "pequena" ajuda da Televisão neofranquista do Estado Espanhol Antena 3 que se queixou à youtube, garantindo que 2 dos vídeos de Luigino Bracci feriam os seus direitos de autor! Ora a google não foi de modas: não apenas apagou os tais dois vídeos, como resolveu apagar o Luigino da youtube.

De resto, este não é um caso único e isolado de censura política na net e na própria youtube!

Se as corporações capitalistas de todo o mundo se unem contra a revolução venezuelana; saibamos nós, revolucionários e activistas de esquerda, furar o bloqueio informativo sobre a Revolução Venezuelana, defendendo-a militante e fraternalmente no nosso próprio país.

Carta de apoio ao povo venezuelano




Nós, sindicalistas, parlamentares, jovens e dirigentes de movimentos sociais vimos manifestar o nosso total apoio a Revolução Venezuelana.

Nesse momento empenhamos apoio irrestrito ao Presidente Hugo Chávez Frias pela medida de não renovar a concessão da RCTV.

É natural que as grandes redes de comunicação controladas pelo capital privado, em todo o mundo, ataquem a medida adotada, pois assim como a RCTV as grandes corporações que controlam a mídia se constituem em pilares centrais de defesa dos interesses do imperialismo e a sociedade organizada sob a base da exploração da maioria esmagadora dos trabalhadores e do povo, em especial na América Latina.

A liberdade de expressão, a liberdade de imprensa, a democracia tão defendidas pelos estados e pelos parlamentos, inclusive o do Brasil, não passam de uma falsidade e de um embuste para preservar o estado burguês.

Apoiamos integralmente a não renovação da concessão adotada pelo presidente Hugo Chávez Frias, que conta com a maioria absoluta dos trabalhadores e do povo Venezuelano. Neste momento, torna-se imperativo defender todas as conquistas da Revolução Venezuelana em curso. Isso passa pelo combate sem tréguas às posições e ações organizadas pela direita, tanto Venezuelana quanto externa, para solapar e destruir a Revolução Venezuelana.

Saudações Fraternas e Revolucionárias.

Serge Goulart – Membro do Diretório Nacional do PT e Coordenador do Conselho das Fábricas Ocupadas
Carlos Castro – Membro da Executiva Municipal do PT de Joinville - SC
José Carlos Miranda – Membro do Diretório Estadual do PT de São Paulo
Roque José Ferreira – Membro da Coordenação Nacional do Movimento Negro Socialista
Juliano Godoi – Diretor da UNE (União Nacional dos Estudantes)
Pedro Santinho – Coordenador do Conselho de Fábrica da Flaskô (Fábrica ocupada pelos trabalhadores)
Luiz Bicalho – Diretor da CONDSEF (Confederação Nacional dos Servidores Federais)
Plínio Mércio Baldoni – Diretor Executivo do Sindicato dos Ferroviários de Bauru
Paulino Rodrigues Moura – Coordenador de Relações Internacionais da FNITST (Federação Nacional Independente dos Trabalhadores Sobre Trilhos)
Severino Amaro do Nascimento “Faustão” – Diretor Executivo da CUT-PE e do Sindicato dos Químicos de PE
Charles Pires – Secretário de Comunicação da CUT-SC e Diretor do Sintrasen
Ulrich Beathalter – Ativista Sindical dos Servidores Públicos de Joinville - SC
Adilson Mariano – Vereador de Joinville – SC pelo PT (Esquerda Marxista do PT)
Fábio Bruno Ramirez – Diretor Executivo da UEE-MT (União Estadual dos Estudantes do Mato Grosso)
Estéfane Emanuele Ferreira – Presidente do CA de Letras da UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso)
Osvaldo de França – Diretor da CUT-SC
Clarice Erhardt – Diretora da CUT-SC
Célio Alves Elias – Diretor Executivo da CUT-SC
Renata Aparecida da Costa – Diretora do Sindicato dos Servidores Municipais de Campinas - SP
Homero Souza – Sintrasc
Adriana Maria Antunes de Souza – Federação da Agricultura Familiar - SC
Marcio B. do Nascimento – Presidente do Sindicato dos Municipários de Florianópolis - SC
Ralf Frederich – Diretor do Sintrasen
Ana Paula Feminelli – Diretora do Sintrasen
Adel Daher Filho – Militante do Movimento Negro Socialista
Evandro Colzani – Diretor da União Joinvilense dos Estudantes Secundaristas
Antônio Battisti – Vereador de São José – SC pelo PT
Caio Dezorzi – Conselheiro da Apeoesp (Sindicato dos Professores de SP) e Diretório Zonal do PT da Mooca - SP
Cynthia Maria Pinto da Luz – Centro de direitos Humanos de Joinville - SC
Thiago Moratelli Júnior – Historiador
Daniel Feldmann – Economista
Roberta Ninin – Atriz
Rafael Prata – Jornalista
Luiz Carlos Ramiro Junior – Ativista estudantil da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro)

Tirem as mãos da Cipla

Contra a intervenção judicial e policial na Cipla e demais fábricas em luta pelo controle operário. Em defesa dos empregos, dos direitos, da reforma agrária e do parque fabril nacional.

1. Visitem os sitios:
www.tiremasmaosdacipla.blogspot.com
www.fabricasocupadas.org.br

2. Faremos no dia 13 de junho pela manha um ato nacional na frente da Cipla - Tire as Mãos da Cipla e contamos com a presença de representações de todo o Brasil. Entre em contato conosco para organizar.
A Flaskô, mesmo sob intervenção, permanece sob controle dos trabalhadores, por não ter havido nenhuma operação militar. Não sabemos por quanto tempos.
Assim faremos em Sumaré, na Flaskô, no dia 12/06 as 19 horas um grande ato de comemoraçaõ dos 4 anos da ocupaçaõ da Flaskô - Tire as Mãos da Cipla - Não se Aproxime da Flaskô e da Vila Operária e Popular e aqueles que se inscreverem antecipadamente, até no dia 11 as 10 horas com nome completo e RG pois sairemos após o ato.

3. Aqueles que com todo os esforços que pedimos não consigam se fazer presente, pedimos que encaminhem:
a) Cartas de apoio aos trabalhadores das fábricas ocupadas, em particular da Cipla
b) Moções ao Presidente Lula, seus Ministros e ao Juiz Federal (confrome modelo proposto: http://www.fabricasocupadas.org.br/mocoes%20invasao.htm )
c) Ajudem a divulgar a luta, através da lista de e-mail, da publicação em boletins eletrônicos, nos jornais dos partidos, entidades, sindicatos e organizações. Ajudem fazendo boletins de divulgação e apoio
d) Ajudem também organizando atos, manifestações, panfletagens, debates e discussões, e mais do que qualquer coisa ampliando a luta dos trabalhadores em seu local de trabalho, moradia, estudo, no seu bairro.

Viva a luta dos trabalhadores.

Pedro SantinhoCoordenador do Conselho da Flaskô19-9233-139119-3864-1106pedro.santinho@uol.com.br