Venezuela: Após a vitória eleitoral, aprofundar a revolução!
Nota Política Semanal da Esquerda Marxista - www.marxismo.org.br
Uma apertada vitória eleitoral de Maduro, o candidato do PSUV a presidente na Venezuela, foi seguida por uma série de atos de violência perpetrados por bandos fascistas seguidores do candidato derrotado da oposição, Capriles, que se recusa a reconhecer e aceitar o resultado das urnas. Tais atos de violência por todo o país levaram à morte de 8 militantes revolucionários, dezenas de feridos e um incontável número de estabelecimentos públicos depredados (centros médicos, escolas infantis, emissoras de TV, etc.) bem como sedes do PSUV. Com apoio dos EUA, Espanha e do presidente da OEA (Organização dos Estados Americanos), a burguesia venezuelana preparava um golpe de Estado. Enquanto Capriles, pelas redes de TV privadas, incitava seus seguidores a expressar sua indignação nas ruas, criando um clima de instabilidade e buscando provocar a repressão do Estado para em seguida denunciá-lo, o próprio governo venezuelano descobria e denunciava movimentações militares dos EUA no oceano em direção à Venezuela.
Preparando novos passos: discutindo o papel do controle operário
Relato do 8º dia (18/04/2013) do camarada Alexandre Mandl, enviado da Campanha "Tirem as Mãos da Venezuela" a Caracas:
Compas,
Alguns aspectos interessantes que aconteceram hoje:
Primeiro:
Ao mesmo tempo em que Capriles protocolou, somente hoje, formalmente, o pedido de recontagem dos votos. Interessante é que enquanto ele fazia isso, a população do Estado de Miranda, na qual ele é o governador, mas que está afastado há dois anos para fazer campanha, apresentou um pedido formal ao CNE para que ele se manifeste publicamente se vai voltar a ser governador, ou não, se decidirá abandonar seu cargo, uma vez que, até agora, ele não voltou para exercer seu mandato. Isso é uma forma divertida e provocadora, mas com reais fundamentos democráticos, de que ele, se é governador, deve governar, porque, senão, será caracterizado abandono de sua função.
Com o protocolo em mãos, o CNE pode ver exatamente o que Capriles diz, e apenas se reforça a baboseira que está argumentando. A suposta fraude é banal. Veja esse breve texto que explica o erro infantil e a clara má-fé em induzir ao erro o CNE, à população em geral, buscando criar uma matriz de opinião agressiva contra as eleições - http://www.aporrea.org/actualidad/n227163.html
Visita à Inveval e o desenrolar da situação
Relato do 7º dia (17/04/2013) do camarada Alexandre Mandl, enviado da Campanha "Tirem as Mãos da Venezuela" a Caracas:
A situação está mais calma, e a tentativa de golpe e violência somente reforçou a necessidade de defender o processo revolucionário, e avançar rumo ao socialismo sem qualquer negociação ou concessão com a burguesia, os reformistas e a burocracia. Viu-se que, indo às ruas, os “chavistas” sinalizaram à Maduro de que pode contar com a classe trabalhadora e a juventude para ir à esquerda!
A provocação dos golpistas e a resposta da Revolução
Relato do 6º dia (16/04/2013) do camarada Alexandre Mandl, enviado da Campanha "Tirem as Mãos da Venezuela" a Caracas:
Tensão: golpistas matam inocentes e provocam guerra. Mas chavistas respondem que “se querem guerra, terão, e fazem chamado às ruas”.
Venezuela: Tentativa de Golpe de Estado em desenvolvimento - SOLIDARIEDADE URGENTE!
Quatro ativistas bolivarianos mortos, dezenas de centros de saúde, sedes do PSUV, escolas infantis, fontes de abastecimento populares, etc. atacados por bandos fascistas da oposição "democrática". Os EUA, a OEA e a Espanha aderem ao coro exigindo uma recontagem dos votos. O que há na Venezuela é uma tentativa de golpe de Estado contra a vontade que foi democraticamente expressa pelo povo.
Relatado das ruas de Caracas - 15 de abril
Relato do 5º dia (15/04/2013 - Dia seguinte da eleição) do camarada Alexandre Mandl, enviado da Campanha "Tirem as Mãos da Venezuela" a Caracas:
Passado o susto, avançar a revolução rumo ao socialismo! Mas, junto com isso, urgentemente, sair às ruas para defender o processo contra a burguesia golpista!
Eleições presidenciais venezuelanas: uma apertada vitória da revolução – o que vem depois?
por Jorge Martin
O candidato bolivariano Nicolas Maduro ganhou a eleição presidencial venezuelana de 14 de abril por uma estreita margem. Com 99,12% dos votos contados, houve 78,71% de comparecimento às urnas, com Maduro recebendo 7.505.378 votos (50,56%) e Capriles 7.270.403 votos (49,07%). Capriles declarou que não reconhece o resultado e exigiu uma auditoria de 100% dos votos.
Os resultados foram anunciados pelo presidente da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), Tibisay Lucena, às 23:45, hora local, depois de longa e tensa espera. A razão da demora era claramente o fato de que os resultados eram tão próximos que queriam anunciá-los apenas quando tivessem contado um número suficiente de votos que tornassem o resultado irreversível. Esta era a questão, em particular diante da campanha da oposição que tinha espalhado rumores de que tinha sido vitoriosa e do próprio Capriles ter anunciado que o governo estava planejando “mudar os resultados”.
O candidato bolivariano Nicolas Maduro ganhou a eleição presidencial venezuelana de 14 de abril por uma estreita margem. Com 99,12% dos votos contados, houve 78,71% de comparecimento às urnas, com Maduro recebendo 7.505.378 votos (50,56%) e Capriles 7.270.403 votos (49,07%). Capriles declarou que não reconhece o resultado e exigiu uma auditoria de 100% dos votos.
Os resultados foram anunciados pelo presidente da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), Tibisay Lucena, às 23:45, hora local, depois de longa e tensa espera. A razão da demora era claramente o fato de que os resultados eram tão próximos que queriam anunciá-los apenas quando tivessem contado um número suficiente de votos que tornassem o resultado irreversível. Esta era a questão, em particular diante da campanha da oposição que tinha espalhado rumores de que tinha sido vitoriosa e do próprio Capriles ter anunciado que o governo estava planejando “mudar os resultados”.
A verdadeira face da “oposição” venezuelana
por Luiz Bicalho
O PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela) está chamando a realização de manifestações populares em apoio ao resultado eleitoral enquanto a direita não reconhece o resultado. Uma disputa democrática? Vejamos como encara a situação, o comando da oposição.
O chefe do comando da campanha de Capriles, Ramón Aveledo, respondeu aos chavistas afirmando que organizar concentrações populares era ilegal. "Em Miraflores, mais ainda", declarou (http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,chavismo-chama-povo-a-defender-resultado-capriles-denuncia-fraudes-,1021009,0.htm)
Sem dúvida, esta posição inicial muda rapidamente – depois de verificar que as manifestações populares não foram interrompidas apesar da sua “afirmação” que procurava colocar o povo na ilegalidade, o ex-candidato derrotado nas urnas pretende chamar uma manifestação popular exigindo a recontagem de votos. E, é claro, ele obtém apoio. De onde vem o apoio?
O PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela) está chamando a realização de manifestações populares em apoio ao resultado eleitoral enquanto a direita não reconhece o resultado. Uma disputa democrática? Vejamos como encara a situação, o comando da oposição.
O chefe do comando da campanha de Capriles, Ramón Aveledo, respondeu aos chavistas afirmando que organizar concentrações populares era ilegal. "Em Miraflores, mais ainda", declarou (http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,chavismo-chama-povo-a-defender-resultado-capriles-denuncia-fraudes-,1021009,0.htm)
Sem dúvida, esta posição inicial muda rapidamente – depois de verificar que as manifestações populares não foram interrompidas apesar da sua “afirmação” que procurava colocar o povo na ilegalidade, o ex-candidato derrotado nas urnas pretende chamar uma manifestação popular exigindo a recontagem de votos. E, é claro, ele obtém apoio. De onde vem o apoio?
TELESUR entrevista Alan Woods: A Revolução depois de Chávez
Durante sua estadia em Caracas na última semana de março, Alan Woods, fundador da campanha internacional "Tirem as Mãos da Venezuela" e dirigente da Corrente Marxista Internacional, foi convidado a participar de uma entrevista de meia hora de duração na Telesur, a rede de televisão bolivariana que transmite para todos os países da América Latina.
Maduro vence! Capriles exigirá recontagem de votos! Alerta geral: avançar a revolução!
por Wanderci Bueno
Maduro obteve 7.505.338 votos, Capriles 7.270.403. Isso com 99,12% dos votos apurados. Capriles promete que exigirá recontagem, Jorge Ramirez, dirigente do PSUV chama o povo para as ruas para garantir o resultado das eleições.
Maduro obteve 7.505.338 votos, Capriles 7.270.403. Isso com 99,12% dos votos apurados. Capriles promete que exigirá recontagem, Jorge Ramirez, dirigente do PSUV chama o povo para as ruas para garantir o resultado das eleições.
Maduro eleito presidente na Venezuela!
Relato do 4º dia (14/04/2013 - Dia da eleição) do camarada Alexandre Mandl, enviado da Campanha "Tirem as Mãos da Venezuela" a Caracas:
Primeiro informe (logo após o almoço):
Dia das eleições! Viva Maduro! Chavez vive, la lucha sigue!
As eleições estão caminhando tranquilamente. Escrevo de uma "tenda" do PSUV, que em cada bairro está instalada para acompanhar os votos, organizando sua militância.
Estive em 5 locais de votação, e estão todos tranquilos, apesar das filas que sempre tem, e que mostram um problema estrutural das eleições, pois, comparando com o Brasil, apesar de ser urnas eletrônicas, a estrutura é pequena, com poucas mesas coletoras de votos.
A Venezuela tem 30 milhões de habitantes, sendo 20 milhões de eleitores. O objetivo de votos em Maduro é chegar em 10 milhões de votos. Nas eleições de outubro de 2012, chegou-se a 7 milhões e meio. Temos que lembrar que tem abstenções (o voto não é obrigatório), mas Jorge Rodriguez, chefe de campanha de Maduro, já anunciou que já houve 8 milhões de votantes, o que mostra que de fato vai ter muitos votos, e que a abstenção será menor que nas outras votações.
Véspera das eleições na Venezuela
Relato do 3º dia (13/04/2013) do camarada Alexandre Mandl, enviado da Campanha "Tirem as Mãos da Venezuela" a Caracas:
A eleição é amanhã! Mas a discussão já é pós-eleições... entre conciliação e modelos, rompamos com o reformismo e a burocracia para aprofundar a revolução!
Ontem e hoje o clima é de ansiedade para a eleição de amanhã, domingo. Há tensões diante do assassinato de um trabalhador da PDVSA após a manifestação de quinta-feira, bem como da descoberta do plano de desestabilização realizado pela burguesia venezuelana junto com a CIA e com mercenários da Colômbia e El Salvador, que foram descobertos e presos.
Junto a isso, o clima estava quente por conta do anúncio de que Capriles não reconheceria o resultado. A pressão foi tremenda, inclusive do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) (Justiça Eleitoral) e dos representantes e observadores internacionais, e Capriles recuou, dizendo ontem que o povo venezuelano deverá ser o grande vencedor das eleições, pela unidade da pátria, seja qual for o vencedor.
Isto você não verá na mídia burguesa (fotos)
Mais de 3 milhões de pessoas fizeram transbordar de vermelho 7 enormes avenidas em Caracas, no ato de encerramento da campanha do candidato chavista Maduro para presidente da Venezuela ontem, 11/04/2013. Veja mais fotos da gigantesca manifestação histórica do povo venezuelano aqui:
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Tributo a Chávez
por Alan Woods
Hugo Chávez já não está mais conosco. Sempre um lutador, Chávez passou seus últimos meses numa luta de vida ou morte contra um inimigo cruel e implacável: o câncer. Brigou valentemente até o último momento, mas no final suas forças falharam. Na terça-feira, cinco de março, às 16 horas e 25 minutos, a causa da liberdade, do socialismo e da humanidade perdeu um grande homem e o autor destas linhas perdeu um grande amigo.
Embora o governo já tivesse informado de um deterioro da saúde de Chávez, com uma nova e grave infecção respiratória, a notícia de sua morte causou uma comoção. Eu conhecia o presidente como um homem saudável, enérgico e exuberante; tão cheio de vida e do desejo de viver e lutar, que sua morte parece ainda mais incrível. A muito precoce idade de 58 anos, o líder da Revolução Bolivariana nos foi arrebatado.
O pesar dos trabalhadores e dos pobres deixou-se expressar quando centenas de milhares saíram às ruas e praças chorando. Segundo alguns cálculos, dois milhões de pessoas marcharam em Caracas no dia de seu funeral.
Manifestação histórica em Caracas: 3 milhões nas ruas!
Relato do 2º dia (11/04/2013) do camarada Alexandre Mandl, enviado da Campanha "Tirem as Mãos da Venezuela" a Caracas:
Hoje, 11 de abril, foi um dia histórico na Venezuela. Primeira concentração e marcha da revolução sem Chávez.
Há 11 anos, a burguesia, junto com o imperialismo, dava um golpe de Estado, mas são surpreendidos pelas massas venezuelanas que colocam, na marra, Chávez de volta, no que todos conhecem pelo documentário “La revolución no será televisionada”. Depois desse golpe, o processo avançou, rompendo a sabotagem patronal, com o povo venezuelano percebendo seu protagonismo.
O Significado do 11 de Abril na Venezuela
Todo 11 tem seu 13
"Em 2002, no dia 11 de Abril, os militares leais à oligarquia petroleira e ao imperialismo EUA, junto com os grandes canais de TV privados, dão um golpe militar, seqüestram Chávez e o levam para uma ilha, cortam o sinal da emissora estatal de TV, reprimem os jornalistas internacionais e empossam um novo Presidente (Pedro Carmona) em nome da “Democracia”. Tudo isso apoiado pela “Sociedade Civil” com a igreja católica, os empresários, ONGs e sindicatos pelegos.
Na TV explicavam que Chávez havia renunciado e fugido. Mas mentira tem perna curta e aos poucos chegava aos ouvidos dos trabalhadores das comunidades mais pobres de Caracas que Chávez estava seqüestrado. Então algo inesperado aconteceu. Em menos de 48 horas, no dia 13 de Abril, milhões de venezuelanos saíram às ruas, milhares cercaram o Palácio de Miraflores em Caracas e derrubaram a ditadura recém-nascida de Carmona. Os soldados do exército - que são parte do povo, são trabalhadores e filhos de trabalhadores - confraternizaram com o povo, desobedeceram as ordens dos generais golpistas e resgataram o presidente Chávez (há um vídeo-documentário muito bom que relata esse episódio chamado “A Revolução não será televisionada”).
"Em 2002, no dia 11 de Abril, os militares leais à oligarquia petroleira e ao imperialismo EUA, junto com os grandes canais de TV privados, dão um golpe militar, seqüestram Chávez e o levam para uma ilha, cortam o sinal da emissora estatal de TV, reprimem os jornalistas internacionais e empossam um novo Presidente (Pedro Carmona) em nome da “Democracia”. Tudo isso apoiado pela “Sociedade Civil” com a igreja católica, os empresários, ONGs e sindicatos pelegos.
Na TV explicavam que Chávez havia renunciado e fugido. Mas mentira tem perna curta e aos poucos chegava aos ouvidos dos trabalhadores das comunidades mais pobres de Caracas que Chávez estava seqüestrado. Então algo inesperado aconteceu. Em menos de 48 horas, no dia 13 de Abril, milhões de venezuelanos saíram às ruas, milhares cercaram o Palácio de Miraflores em Caracas e derrubaram a ditadura recém-nascida de Carmona. Os soldados do exército - que são parte do povo, são trabalhadores e filhos de trabalhadores - confraternizaram com o povo, desobedeceram as ordens dos generais golpistas e resgataram o presidente Chávez (há um vídeo-documentário muito bom que relata esse episódio chamado “A Revolução não será televisionada”).
Chegando em Caracas
Relato do 1º dia (10/04/2013) do camarada Alexandre Mandl, enviado da Campanha "Tirem as Mãos da Venezuela" a Caracas:
Hoje cheguei em Caracas, Venezuela. Vim em nome da Fábrica Ocupada Flaskô, da Esquerda Marxista e da Campanha "Tirem as Mãos da Venezuela" prestar nossa solidariedade ao processo revolucionário venezuelano, acompanhar o processo eleitoral de domingo e aproximar nossa relação de classe com o movimento das fábricas ocupadas na Venezuela.
Nossa campanha no ato em São Paulo
Nessa Sexta-Feira (05/04) em São Paulo, no Plenário do Sindicato dos Engenheiros, com a participação de mais de 40 entidades e mais de 300 pessoas, foi realizado um ato em homenagem a Chávez por ocasião de um mês de sua morte e declarado o apoio dos movimentos sociais e organizações políticas da esquerda brasileira à eleição do candidato do PSUV à presidência da Venezuela, Nicolás Maduro.
Em nome do Comitê Brasileiro da Campanha Internacional "Tirem as Mãos da Venezuela" o companheiro Caio Dezorzi afirmou que "todos nós, venezuelanos, brasileiros e trabalhadores e jovens do mundo todo temos uma dívida com o companheiro Chávez: terminar o que ele não pôde; realizar o socialismo na Venezuela, na América Latina e em todo o mundo!"
Venezuela: as eleições presidenciais de 14 de abril e as tarefas da revolução
por Jorge Martin
Já se passou mais de uma semana desde a morte de Hugo Chávez e até há pouco havia filas quilométricas de gente que vinha de todo o país para se despedir pela última vez do presidente. Foram convocadas novas eleições para 14 de abril e o ambiente é de crescente raiva da popiulação diante das provocações da oligarquia.
Já se passou mais de uma semana desde a morte de Hugo Chávez e até há pouco havia filas quilométricas de gente que vinha de todo o país para se despedir pela última vez do presidente. Foram convocadas novas eleições para 14 de abril e o ambiente é de crescente raiva da popiulação diante das provocações da oligarquia.
Hugo Chávez morreu – a luta pelo socialismo vive!
Declaração da Corrente Marxista Internacional – CMI
Hugo Chávez deixou de existir. A luta pela liberdade, pelo socialismo, pela humanidade perdeu um valente lutador. Morreu na terça-feira, 05 de março, às 4,25 horas, hora local. A notícia foi dada pelo vice-presidente Nicolás Maduro. O presidente Chávez tinha apenas 58 anos e havia governado o país durante 14. Sua luta contra o câncer se prolongou por dois anos, mas apesar disso a notícia de sua morte causou um forte impacto.
Sem Chávez, a tarefa dos marxistas continua a mesma: completar a Revolução!
Declaração da Esquerda Marxista – Seção Brasileira da Corrente Marxista Internacional
O introdutor do marxismo na Rússia do século XIX, Plekhanov, em seu ensaio “O papel do indivíduo na História” nos explica que “O grande homem é grande não porque suas particularidades individuais imprimiram uma fisionomia individual aos grandes acontecimentos históricos, mas porque é dotado de particularidades que o tornam o indivíduo mais capaz de servir às grandes necessidades sociais de sua época, surgidas sob a influência de causas gerais e particulares.”
Milhões acompanham cortejo fúnebre de Chávez nas ruas de Caracas
Cortejo fúnebre em Caracas: Milhões acompanham o caixão de Chávez vestidos de vermelho. É uma demonstração massiva de que Chávez se foi, mas a consciência de luta do povo segue. Venceremos!
Hugo Chávez por Eduardo Galeano
A DEMONIZAÇÃO DE CHÁVEZ - "Hugo Chávez é um demônio. Por quê? Porque alfabetizou 2 milhões de venezuelanos que não sabiam ler nem escrever, mesmo vivendo em um país detentor da riqueza natural mais importante do mundo, o petróleo. Eu morei nesse país alguns anos e conheci muito bem o que ele era. O chamavam de "Venezuela Saudita" por causa do petróleo. Tinha 2 milhões de crianças que não podiam ir à escola porque não tinham documentos... Então, chegou um governo, esse governo diabólico, demoníaco, que faz coisas elementares, como dizer: "As crianças devem ser aceitas nas escolas com ou sem documentos”. Aí, caiu o mundo: isso é a prova de que Chávez é um malvado malvadíssimo. Já que ele detém essa riqueza, e com a subida do preço do petróleo graças à guerra do Iraque, ele quer usá-la para a solidariedade. Quer ajudar os países sul-americanos, e especialmente Cuba. Cuba envia médicos, ele paga com petróleo. Mas esses médicos também foram fonte de escândalo. Dizem que os médicos venezuelanos estavam furiosos com a presença desses intrusos trabalhando nos bairros mais pobres. Na época que eu morava lá como correspondente da Prensa Latina, nunca vi um médico. Agora sim há médicos. A presença dos médicos cubanos é outra evidência de que Chávez está na Terra só de visita, porque ele pertence ao inferno. Então, quando for ler uma notícia, você deve traduzir tudo. O demonismo tem essa origem, para justificar a diabólica máquina da morte."
Chávez deixou claro qual deveria ser o caminho após sua morte
por Caio Dezorzi
Há exatos 3 anos eu estava fazendo as malas para embarcar rumo a Caracas. O plano era passar um mês, acabei ficando quase dois. Fui ajudar os camaradas da seção venezuelana da CMI (Corrente Marxista Internacional) a realizar uma conferência e o lançamento de um novo jornal, “Lucha de Clases” (www.luchadeclases.org.ve).
Foi naqueles dias agitados da revolução venezuelana, mais precisamente em 13 de Abril de 2010, que tive a oportunidade de participar de um ato com uma multidão incontável, centenas de milhares, talvez mais de um milhão de pessoas, muitos de vermelho, mas muitos também de verde oliva... mas não eram militares do exército regular e sim trabalhadores fabris, trabalhadores rurais, estudantes, donas de casa, professores, servidores públicos, etc. Era o povo em armas!
Chávez morreu - Vida longa à Revolução Venezuelana!
Hoje (5 de março), às 16h25min, hora local, faleceu o presidente venezuelano Hugo Chávez. A notícia foi anunciada pelo Vice-presidente Maduro.
Nas primeiras horas do dia, uma reunião conjunta do governo com os altos comandos do exército e os 20 governadores do PSUV do país tinha decidido tomar uma série de medidas contra a campanha de desestabilização e sabotagem levada a cabo pela oligarquia e o imperialismo. Anunciaram medidas específicas contra a sabotagem do fornecimento de energia elétrica e da economia. Também foi anunciado que dois oficiais da embaixada dos EUA na Venezuela, o agregado da força aérea e sua ajudante, foram expulsos do país por contatar o pessoal militar ativo com o objetivo de organizar uma conspiração contra o governo democraticamente eleito.
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